A miastenia Gravis constitui uma doença neuromuscular caracterizada por fraqueza e fatigabilidade dos músculos voluntários (esqueléticos estriados). A acetilcolina ( AChR) é sintetizada no terminal nervoso motor e armazenada em vesículas (Quantas) que contém aproximadamente 10.000 moléculas cada, os Quantas de Ach são espontaneamente liberados, originando mini potenciais da placa terminal, a Ach é liberada de 150 a 200 vesículas e se combina com os AChR densamente encontrados nas pontas das pregas pós-sinápticas, o defeito de base é uma diminuição na quantidade disponível de receptores de acetilcolina (AChR) na junção neuromuscular devido a uma agressão mediada por anticorpos auto-imunes, circulantes no sangue, as pregas pós-sinápticas são achatadas, estas alterações resultam num distúrbio da transmissão neuromuscular causando fraqueza da contração muscular.
No paciente Miastenico, a menor eficiência da transmissão neuromuscular, combinada com a queda normal, provoca ativação de cada vez menos fibras musculares por impulsos nervosos sucessivos e, conseqüentemente, aumenta a fraqueza, ou a fadiga miastenica as alterações neuromusculares que ocorre na Miastenia, são consequencia de uma resposta auto-imune mediada por anticorpos anti-AChR específicos. Os anti corpos anti- AChR reduzem o numero de AChR disponíveis nas junções neuromusculares por três mecanismo distintos:
1) Os AChR podem ser destruídos com uma velocidade maior por um mecanismo envolvendo ligação cruzada dos receptores:
2) O local ativo do AChR, e o local que normalmente se liga à ACh, pode estar bloqueados por anticorpos:
3) A membrana muscular pós-sináptica pode ser lesada pelo anticorpo, juntamente com o complemento.
Os anticorpos receptores de antiacetilcoline estão presentes em 80 a 90% de pacientes com miastenia gravis e são do tipo IgG
Apesar da evidencia que os anticorpos anti-receptores de acetilcolina desempenham um papel proeminente na doença, nem sempre existe relação entre níveis dos anticorpos e a fraqueza
Uma situação comumente observada na miastenia é a hiperplasia tímica ( aumento no tamanho do timo ) essa condição é encontrada em 65 a 75% dos pacientes, como também é encontrado em 15% aproximadamente um timoma ( câncer do timo ). Células semelhantes às musculares no timo (células), que apresentam AChR sobre sua superfície, podem servir como fonte de auto-antígeno e desenvolver a reação auto-imune na glândula tímica.
Seja qual for o problema envolvendo uma boa parcela dos pacientes responde bem a timectomia ( retirada do timo ), mas nem sempre leva a cura.
Se a retirada do timo pode ser feita mesmo sem estar com câncer e se pode trazer resultados etc; grato pela atenção!!
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