segunda-feira, 28 de março de 2011

TIMO

Anormalidades tímicas estão claramente associadas com o distúrbio, mas o grau de relação é incerto. Dez por cento dos pacientes (10%) com Miastenia Gravis possuem tumor tímico (timoma), e em setenta por cento (70%) existem mudanças hiperplásicas (centros germinais) que indicam uma resposta imuno-ativa. Essas são áreas dentro de tecido linfóide onde células B interagem com células T auxiliares para produzir anticorpos. 

Devido ao timo ser um órgão central de auto-tolerância imunológica, é razoável suspeitar que anormalidades do timo causam distúrbios na tolerância, responsáveis pelo ataque imune-mediano nos receptores de Ach na Miastenia Gravis.  O timo contém todos os elementos necessários para a patogênese da Miastenia: células mióides, que expressam o antígeno para AChR, e células T imune-competentes. O tecido tímico de pacientes com distúrbios produz anticorpos para a AChR quando implantado em camundongos imunodeficientes. 

Entretanto, ainda é incerto se o papel do timo na patogênese da Miastenia Gravis é primário ou secundário. A maioria dos tumores tímicos em pacientes com Miastenia Gravis são benignos, bem diferenciados, encapsulados e podem ser removidos completamente em cirurgias.

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